7 de outubro de 2024

Vereador diz que cidadãos são ‘coagidos’ em blitz da BPRV

 Vereador diz que cidadãos são ‘coagidos’ em blitz da BPRV
Marquinhos afirmou que por trás de blitze abusivas há alguém se beneficiando

O vereador Antônio Marcos Silva, o Marquinhos (DEM) criticou, nesta segunda-feira (19), durante sessão plenária na Câmara Municipal de São Luís (CMSL), o que classificou de ‘operações abusivas’ do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRV) com o objetivo de apreender veículos por atraso no pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no Maranhão.

Durante o pronunciamento, Marquinhos chegou a usar o hit ‘Que Tiro Foi Esse?’, que viralizou na internet nas últimas semanas, para condenar o governador Flávio Dino por, segundo ele, usar essas blitzes da BPRV para coagir cidadãos com apreensões de veículos por qualquer pendência.

— Que tiro foi esse que o governador [Flávio Dino] deu no peito do povo? O Estado não pode aumentar a arrecadação à custa do suor do cidadão trabalhador, que muitas vezes tem seu bem confiscado pela polícia e jamais recuperado — declarou o vereador.

Em entrevista ao ‘Câmara News’ – informativo que vai ao ar todas as sextas-feiras pela Rádio Difusora AM, Marquinhos afirmou ainda que uso excessivo da máquina estadual e da força policial para apreender veículos que estão com a taxa de IPVA atrasados virou uma espécie de ‘indústria de multas de trânsito’.

— Se o veículo tiver uma pequena pendência, eles levam o veículo. Eu já entendi que por trás disso há uma indústria de multas, por trás disso há alguém se beneficiando — desabafou o parlamentar.

O líder do DEM na Casa disse ainda que o governador tem que botar a Polícia para combater o tráfico de drogas, combater o crime. Equipar a Polícia Civil para investigar os crimes.

— Ponha a mão na sua consciência e se coloque no lugar do trabalhador, do pai de família que precisa do seu veículo para trabalhar, para sobreviver — concluiu.

APREENSÃO É INCONSTITUCIONAL
A realização de Blitz para coagir o motorista com o IPVA atrasado visando a cobrança coercitiva com a apreensão do veículo, que é forçado a pagar o tributo, sob pena de não receber a liberação do seu veículo, é inconstitucional.

Apesar da inconstitucionalidade das Blitz, realizadas com esta finalidade, os Estados brasileiros adotam, arbitrariamente, essa prática, para forçar o motorista a pagar o IPVA justificando que as dívidas são altíssimas.

Os débitos com o imposto podem até existir, mas não justifica a cobrança coercitiva, em afronta a Constituição Federal, devendo os Estados exigir o pagamento do IPVA pelas modalidades previstas em lei, como a Ação de Execução Fiscal, inclusive, oferecendo ao devedor o direito ao contraditório e sem a perda do seu direito de propriedade, que também é um direito constitucional.

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