7 de outubro de 2024

Atraso de aluguel fecha posto de saúde

 Atraso de aluguel fecha posto de saúde

Sem posto de saúde, população precisa se deslocar para municípios próximos para obter atendimento. (Foto: Reprodução)

Sem posto de saúde, população precisa se deslocar para municípios próximos para obter atendimento. (Foto: Reprodução)

Moradores do bairro Pitombeira no município de Pindaré-Mirim, a 255 km de São Luís, denunciam a falta de uma unidade básica de saúde na localidade. A população reclama que pela ausência do posto de saúde precisam se deslocar cerca de 4 km até o centro da cidade ou para municípios próximos para obter atendimento.

De acordo com os moradores, o único posto de saúde que havia na comunidade funcionava em um prédio alugado pela prefeitura do município e está há dois meses fechado por conta do atraso de oito meses de aluguel. A situação tem revoltado os moradores que reclamam da falta de assistência por parte do poder público.

“Segundo eu soube já são oito meses de atraso. Então o dono do estabelecimento tomou. Claro que se fosse eu tomava. Eu fecharia também porque é uma falta de responsabilidade com o povo e também de compromisso”, conta a comerciante Sebastiana Rocha Lima.

A revolta maior da população é por conta do abandono da obra do prédio que abrigaria a nova unidade básica de saúde do bairro. A obra que começou em junho de 2014 seria finalizada em dezembro do mesmo ano, mas ficou inacabado. Por conta do abandono, algumas janelas que foram instaladas no local foram roubadas e o local serve como esconderijo para assaltantes e usuários de drogas.

O prédio abandonado ainda escolhe armadilhas para que vive ao redor. Com as chuvas, algumas poças de água se formaram nos locais onde a massa de concreto foi feita, criadouro ideal para o mosquito Aedes Aegypti, responsável por transmitir doenças como dengue, vírus zika e chikngunya.

A dona de casa Sandra do Santos está indignada com a situação. Pela falta do posto de saúde ela ficou sem assistência durante a gestação e após o nascimento da criança, há cerca de um mês, o bebê e a mãe precisam se deslocar para outra unidade de saúde para ter atendimento.

“Está faltando duas vacinas para tomar, eu cheguei lá no postinho e tinha um cadeado enorme e falaram que estava interditado porque o prefeito passou oito meses sem pagar o aluguel. E a criança nasceu e não tomou a vacina. Não tomou porque não tem e o postinho que tá fechado e eles mandam ir pra secretaria [de saúde] fazer e dizem que não tem material pra fazer. Isso é uma vergonha!”, disse.

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