Perícia em prédio do Fórum busca detectar danos após tremor
Uma grande agitação aconteceu, na manhã desta quarta-feira, 18, no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, provocada por um tremor no prédio, localizado no bairro Calhau. A vibração na estrutura, que foi causada por uma obra de construção do estacionamento nas dependências do Ministério Público do Maranhão (MPMA), durou alguns minutos, mas o suficiente para que servidores, magistrados, advogados e visitantes saíssem correndo para o lado de fora. O Corpo de Bombeiros Militar (CBMMA) realizou uma perícia no edifício, para verificar possíveis danos.
Primeiramente, os bombeiros militares que trabalham no edifício averiguaram a situação, mas, por precaução, uma equipe da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil foi enviada ao local, para fazer o procedimento pericial. “Tem uma equipe de engenheiros do Fórum que também participou da averiguação. Inicialmente, verificaram que a trepidação teria sido causada por uma obra ao lado do prédio, em um terreno”, pontuou o major Lisboa, do CBMMA.
A vibração
O tremor foi registrado por volta das 8h40, quando algumas pessoas entravam e outras saíam do local. De acordo com relatos de servidores, o episódio tenso teve duração de poucos minutos. A diretora do Fórum Sarney Costa, Diva Maria Barros Mendes, explicou que, apesar do momento de pânico, não houve necessidade de evacuação. “O evento causou pânico entre os servidores, magistrados e demais pessoas que transitavam no prédio. Foi tudo muito rápido. As próprias pessoas desceram transtornadas e saíram”, esclareceu.
Mesmo depois que a vibração cessou, ninguém se arriscou, de imediato, a entrar novamente no Fórum. A normalidade dos serviços retornou aos poucos durante o turno matutino. Quando o prédio sacudiu, casamentos estavam sendo realizados lá. Do lado de fora, na escadaria da edificação, algumas pessoas, ainda nervosas, comentaram que o tremor fora causado por um terremoto.
De acordo com Emmanuel Guterres, diretor-geral da Procuradoria-Geral de Justiça do Maranhão (PGJMA), o tremor foi registrado em virtude de uma obra do estacionamento nas dependências do MPMA, sob a responsabilidade de uma empresa contratada para o serviço de compactação do terreno, ao lado do Fórum. Para o trabalho, foi utilizada uma máquina conhecida como “pé de carneiro” (rolo compressor), cuja atividade provocou a vibração na estrutura.
O tremor ocorreu, segundo Emmanuel Guterres, depois de uma pressão no solo, para permitir o posterior calçamento do terreno. “A vibração no solo ocasionou o tremor sentido nas dependências do Fórum de São Luís, enquanto a máquina estava em funcionamento. Após o desligamento do rolo compressor, a vibração cessou. Não houve nenhum risco à integridade física de quem frequenta o local”, disse o diretor-geral da PGJMA.
Ainda conforme Emmanuel Guterres, devido o problema, o Ministério Público do Maranhão solicitou, do Corpo de Bombeiros Militar, a realização de perícia nas instalações do Fórum. O objetivo é atestar a regularidade e segurança do prédio. Ele informou que a empresa efetuou o serviço de compressão sem aviso prévio à administração superior do Ministério Público, que ficou impossibilitada de comunicar o Poder Judiciário.
O diretor das promotorias da capital, Paulo Avelar, ressaltou que o serviço foi realizado sem a anuência da direção-geral do MPMA. “Foi uma atitude tomada por um engenheiro da obra, que determinou que fosse feito esse tipo de trabalho. Todas as providências legais e sociais foram tomadas, para que voltássemos à normalidade. Apuraremos o fato, para que não aconteça novamente”, justificou.
Prédio rígido
O engenheiro Augusto Otoni, da diretoria de Engenharia do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ/MA), confirmou que a obra de compactação foi realizada com o rolo compressor. Ele disse que o equipamento transmitiu uma grande vibração no solo, devido à proximidade com o prédio do Fórum Sarney Costa. Na avaliação do profissional, o tremor pode ser classificado como de pequena monta, cujos danos não podem ser comparados, por exemplo, aos provocados por um terremoto.
“O prédio está seguro, pois é rígido. Não teve problema estrutural. Simplesmente aconteceu o que geralmente acontece em estrutura submetida a vibração. Na Ponte do São Francisco, por exemplo, quando passa um veículo pesado, como um caminhão, transmite a vibração para a ponte. Os carros que passam também sentem o tremor, mas a ponte em si não quebra, porque tem rigidez suficiente para aguentar aquilo”, observou. (Com informações de O Estado)
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