6 de outubro de 2024

Série é exibida em praça de São Luís

 Série é exibida em praça de São Luís

O Dia Em Que Nos Tornamos Terroristas, que estreou em agosto na TV Cultura e canais filiados pelo Brasil, será exibido hoje, na Praça Nauro Machado (Foto: Divulgação)

O Dia Em Que Nos Tornamos Terroristas, que estreou em agosto na TV Cultura e canais filiados pelo Brasil, será exibido hoje, na Praça Nauro Machado (Foto: Divulgação)

Nesta segunda-feira, 11 de setembro, São Luís teve na agenda um acontecimento incomum: a praça Nauro Machado foi ocupada por jovens em uma sessão aberta da recém-lançada série de TV O Dia Em Que Nos Tornamos Terroristas. A programação reuniu ainda, os movimentos: O Circo Tá Na Rua e Sebo no Chão, que teve início às 19h no Centro Histórico de São Luís .

Polêmica e incendiária, O Dia Em Que Nos Tornamos Terroristas é a primeira série de TV maranhense a alcançar amplitude nacional. Em formato road movie, a produção registra a jornada do Coletivo Øcupai, que decide sair de São Luís do Maranhão rumo a Montevidéu, no Uruguai, a bordo de uma Kombi, realizando intervenções artísticas e políticas que viralizam nas redes sociais e instigam movimentos por todo o país. A série estreou em agosto na TV Cultura e canais filiados pelo Brasil. Já em São Luís, a TV UFMA promete levá-la ao ar ainda neste mês de setembro.

Na trama os personagens são fictícios, porém os flagrantes captados pela câmera são reais e têm como pano de fundo o atual cenário de crise política que o país atravessa. Em cinco episódios, Graco (Breno Nina), Rosa Parks (Nilce Braga), Dyones (Diones Caldas) e Clarinha (Tássia Dur) levam o espectador a se deparar com as mais duras realidades brasileiras, desde os crimes impunes cometidos por políticos e grandes instituições a acontecimentos como a devastação de povos indígenas e comunidades tradicionais. A série aborda ainda de forma poética manifestações como o bumba-meu-boi, rituais indígenas, o tambor de Candombe do Uruguai, entre outros.

Veja:

Sobre a série

São Luís, Itapecuru, Carolina, uma aldeia indígena no Tocantins, Brasília, São Paulo e Montevidéu desenharam a rota que cruza este lado da América do Sul de um extremo ao outro. A jornada não foi apenas do Coletivo Øcupai, mas também da equipe de produção, composta por cerca de 15 pessoas que viveram as mesmas emoções dos personagens, morando literalmente dentro de uma van, durante pouco mais de um mês de gravações.

A série foi possível através do financiamento conquistado pelas produtoras independentes Gritos e Lume Filmes em um edital da Ancine, que financia conteúdos para TVs Públicas com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A trilha sonora original é assinada por Zeca Baleiro, que lança composições inéditas criadas especialmente para a ocasião.

O Dia Em Que Nos Tornamos Terroristas foi escrito por Lucian Rosa (diretor) e Keyci Martins (produtora), e conta ainda na produção com mais integrantes do extinto Coletivo Éguas Audiovisual, que em 2013 lançou o longa-metragem Luíses – Solrealismo Maranhense, uma das primeiras produções no país a registrar as jornadas de Junho, e que ganhou notoriedade pela ousadia das denúncias políticas, chegando a representar o Brasil em um evento cinematográfico internacional na Argentina no ano seguinte. As exibições da série e outras novidades podem ser acompanhadas através da fanpage no facebook (O Dia Em Que Nos Tornamos Terroristas), do Instagram (@coletivoocupai) e do canal no Youtube (Coletivo Ocupai).

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