“Tem sempre algo de ruim”, diz Bolsonaro sobre alianças
O pré-candidato à Presidência da República pelo PSL, deputado Jair Bolsonaro (RJ), disse nesta quinta-feira (14/06), em participação especial à Radio 92.3 FM, que “não deve fechar alianças com partidos grandes ou médios”. A declaração foi dada em respostas a questionamentos sobre quais legendas estaria conversando para formação de alianças para a disputa eleitoral.
Entrevistado no programa Na Hora, pelos apresentadores Isaías Rocha e Flavio Chocolate, o parlamentar deu a entender que, caso viesse a se eleger, não pretendia governar para entregar ministérios, estatais e bancos oficiais à partidos políticos.
“Não estamos procurando fazer alianças, porque alianças tem sempre algo de ruim. No Brasil, como regra, as alianças são formas que se aproveitam para repartir bens públicos como ministérios, estatais e diretorias de bancos”, declarou.
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O deputado falou ainda que vai tentar chegar à Presidência da República, concorrendo numa eleição de forma independente, para que possa ter autoridade de administrar o Brasil.
“Nós queremos tentar, chegar lá, de forma independente para ter autoridade de administrar o Brasil. Afinal de contas, não vai ser um homem ou uma mulher presidente que vai salvar o Brasil. Serão os seus ministros e grande parte da população que acredita que o Brasil pode mudar”, revelou.
MALTA, O VICE DOS SONHOS
Indagado sobre a indicação do seu candidato a vice-presidente, Bolsonaro voltou a reiterar que gostaria de ter o senador Magno Malta (PR-ES) como seu companheiro de chapa. O deputado destacou ser amigo do senador e que Malta seria um excelente nome por ser evangélico, defender a família e desenvolver um excelente trabalho em defesa das crianças.
“O Magno Malta, eu sou amigo dele há muito tempo, tem um trabalho excepcional. Ele é evangélico, defende a família, defende as crianças vítimas de violência no Brasil, tem um discurso muito patriótico e é uma pessoal que, dado esse conhecimento, eu venho sondando há muito tempo para ver se ele aceita ser o nosso vice porque vai ser uma pessoa que soma”, disse.
“MAURA ESTARÁ NO 2º TURNO”
Sobre as eleições no Maranhão, Bolsonaro disse acreditar que Maura Jorge, pré-candidata do PSL, possa chegar ao segundo turno das eleições, como uma opção que vai correr por fora, em relação à suposta polarização entre o atual governador Flavio Dino (PCdoB) com a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).
“Existindo a polarização do PCdoB com a senhora Roseana, eu acho que ela [Maura] corre por fora nessa raia. Ela tem chance, no meu entender, de ir para o segundo turno. Não é fácil porque nós não temos fundo partidário e não temos tempo de televisão, e sabemos que grande parte da população depende de programas sociais, que ninguém tá falando em tirar, repito isso aí. Então com esse pensamento, eu acredito na possibilidade da nossa queria Maura Jorge aqui, através do seu conhecimento, do seu sentimento, daquilo que ela quer fazer para o estado, conseguir ser vitoriosa nessas eleições futuras”, concluiu.
Outros assuntos também foram tratados no programa como a situação da extrema pobreza de famílias no Maranhão, potencial turístico do estado, apoios para disputa por vaga no possível segundo turno das eleições presidenciais e muitos outros temas que envolvem o cenário politico a nível local e nacional. O bate-papo com o presidenciável contou com a participação da radiojornalista Beatriz Marks, que fez a cobertura do ato político diretor do Multicenter Sebrae, no Cohafuma.
Na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada no último domingo (10) pelo jornal “Folha de S.Paulo” com índices de intenção de voto para a eleição presidencial de 2018, Bolsonaro teve 19% das intenções de voto, num cenário sem o ex-presidente Lula. O pré-candidato do PSL aparece seguido por Marina Silva (Rede): 15%, Ciro Gomes (PDT): 10%, Geraldo Alckmin (PSDB): 7% e Álvaro Dias (Podemos): 4%.
Confira a versão completa da entrevista
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