Campanha alerta que assédio sexual no carnaval é crime
A delegada ressalta ainda que “é importante que vítimas de assédio durante as festas de carnaval procurem um policial para fazer a denúncia”. Em todo o Maranhão, os plantões policiais e as Delegacias Regionais também vão atender 24 horas e haverá reforço policial nas cidades do interior com programação oficial de carnaval.
A Secretaria de Estado Cultura e Turismo (Sectur), demais órgãos estaduais de referência, instituições da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência da Região Metropolitana, além de municípios que possuem Organismos de Políticas para as Mulheres (OPMs) são parceiros da campanha.
Pesquisa do Instituto Data Popular realizada durante o Carnaval de 2016 aponta que 49% dos homens entrevistados disseram que ‘carnaval não é lugar de mulher direita’; e 61% defende que mulher solteira que sai pra folia ‘não pode reclamar de ser cantada’. “Isso mostra o comportamento e pensamento machista enraizado em algumas situações quando refere-se à mulher”, avalia a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira e advogada, Susan Lucena.
O assédio sexual pode ser definido como avanços de carácter sexual não consentidos, contatos verbais ou físicos ofensivos. É uma forma de violência contra mulheres e também homens, ou ainda, como tratamento discriminatório.
Inclui violência física e mental como coerção – forçar alguém a fazer o que não quer. Pode ter uma longa duração – repetição de piadas ou trocadilhos de carácter sexual, convites constantes para sair ou inaceitáveis conversas de natureza sexual. Tocar ou apalpar alguém de forma inapropriada, abuso sexual e violação também estão incluídos neste conceito.