PF deflagra operação para combater comercialização de madeira proveniente de terras indígenas PF
Com o objetivo de combater a prática de crimes ambientais ligados à extração, ao transporte e à comercialização ilegal de madeira proveniente da Terra Indígena Caru, da Terra Indígena Araribóia e da Reserva Biológica do Gurupi, no Maranhão, a Polícia Federal, realizou na última quarta-feira (2), a Operação Maravalha II, no sudoeste do Estado.
A Operação foi realizada em conjunto com o Ibama, Instituto Chico Mendes (ICMBIO), Ministério Público do Trabalho (MPT), e Auditores Fiscais do Trabalho (MTE), com a participação de cerca de cinquenta pessoas, e os resultados da ação foram divulgadas nesta quinta-feira (03).
Na oportunidade, foram fiscalizadas quatro serrarias clandestinamente instaladas no município de Buriticupu/MA, sendo duas na zona rural. Os estabelecimentos tem fortes indícios de receptarem madeira ilegalmente extraída de Terras Indígenas e de unidade de conservação federal, o que configura situação de flagrante delito dos responsáveis.
Durante o desencadeamento da Operação, houve uma prisão em flagrante de um dos donos de serraria, a desmobilização completa dos estabelecimentos ilegais encontrados, além da apreensão de 56 m³ de madeira serrada, 91 toras, e 75 sacos de carvão.
O MPT e MTE também identificaram vários trabalhadores em situação irregular, sem os equipamentos de proteção adequados e sem o pagamento correto das verbas trabalhistas, e ainda alguns casos de trabalho infantil.
Os investigados responderão por crimes de receptação qualificada, ter em depósito produto de origem vegetal sem licença válida, dentre outros.
Operação Maravalha II
A operação foi batizada de Maravalha II, termo que denomina os restos da serragem de madeira em serrarias, uma vez que o objetivo foi desmobilizar as serrarias irregulares remanescentes da operação Maravalha realizada em março de 2017.