CCVMA lança o Selo Beleza Pura que exalta a importância da raça negra na cultura
(Foto: Divulgação)
O Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) lança com intervenção artística em sua fachada, o selo Beleza Pura, dando início à programação de 2018. O tema foi especialmente escolhido para exaltar a grandeza do negro na cultura e marca também os 130 anos da abolição da escravatura no Brasil.
Beleza Pura faz alusão à música de Caetano Veloso em que o compositor fala de sua admiração pelo negro em sua beleza, densidade, cultura e elegância. A diretora do CCVM, Paula Porta, explica a motivação para escolha do tema.
“É preciso reconhecer sempre e exaltar tudo que o povo negro fez e faz pelo Brasil. Na cultura então, nem se fale. É uma força muito grande, é uma obra monumental. Todo esse patrimônio que vivenciamos no Maranhão foi construído por negros e são negros os maiores preservadores da cultura popular, do patrimônio imaterial, afora a presença marcante em todos os campos da cultura. Em 2018, quando a abolição completa 130 anos, dedicamos a programação do CCVM a reconhecer a grandeza da obra do povo negro em forma de homenagem”.
A intervenção artística na fachada é temporária e dialoga com a arquitetura sem interferir na sua apreciação e sem criar qualquer impacto à preservação. A “roupa nova” do CCVM já está chamando a atenção de quem circula pelo centro histórico e as selfies já começaram a aparecer. As pessoas estão interagindo com a proposta e o prédio, marcando suas fotos nas redes sociais com a hashtag #BelezaPura.
Programação
Exposições, oficinas, conversas, shows e projetos especiais integram a programação Beleza Pura e serão anunciados ao longo do ano.
Na próxima terça-feira, 20, o CCVM abre exposição do renomado fotógrafo Walter Firmo, inaugurando o ano Beleza Pura.
No dia 5 de abril, o programa Pátio Aberto 2018 começará com uma surpresa especial.
Para discutir formatos, propostas e ações, foi criado o conselho consultivo do Beleza Pura. Já integram o conselho, o secretário de estado da Igualdade Racial, Gerson Pinheiro; a professora Áurea Borges, representando o Conselho Municipal das Populações Afrodescendentes (Comafro) e a Secretaria Municipal de Educação (Semed); Biné Gomes, representando a Federação de Umbanda e Cultos Afro-Brasileiros do Maranhão; o professor Carlos Benedito, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a pesquisadora Mundinha Araújo, fundadora do Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN/MA). Toda a programação do CCVM é gratuita. l
