25 de setembro de 2024

Caso Davi Bugarim: inquirérito é concluído e coronel é indiciado por homicídio doloso

 Caso Davi Bugarim: inquirérito é concluído e coronel é indiciado por homicídio doloso

Nesta terça-feira (20), a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Maranhão (SSP) informou que o inquérito referente ao caso Davi Bugarim foi concluído e está sendo encaminhado ao Poder Judiciário. De acordo com o delegado Lúcio Reis, que acompanha o caso, contou que foi possível realizar a conclusão, apesar de ainda estarem pendentes alguns laudos.

“No prazo de 30 dias recebemos quatro laudos, ouviu 15 pessoas durante o inquérito e com isso, já havia elemento suficiente para o indiciamento  por homicídio doloso do Walber Pestana. A questão da alegação legítima defesa e de terceiro invocado pelo coronel Walber será analisada e deve ser justificada por via judiciais. Os laudos que virão serão apenas para complementar o que já tem no inquérito policial”, declarou o delegado.

Ttenente-reformado da PMMA, Walber Pestana. (Foto: Reprodução)

Relembre o caso

Davi Sousa Bugarim de Melo, de 26 anos, morreu no dia 15 de fevereiro na porta da residência da namorada localizada no bairro Parque dos Nobres, após sofrer disparos de arma de fogo efetuados pelo tenente-coronel reformado da PMMA, Walber Pestana.

Na ocasião, o tenente-reformado efetuou dois disparos contra o músico, mas conforme o laudo cadavérico realizado em Davi, foi detectado apenas uma perfuração no corpo do músico. A bala – disparada a distância de, no mínimo, um metro – atingiu a costela e atravessou o tórax. O outro tiro atingiu a parede da casa onde eles estavam.

Segundo as investigações, o tenente-coronel presenciou uma briga entre sua filha e o empresário. Após os disparos, o tenente-coronel colocou o corpo de Davi na porta de casa e fugiu do local.

No dia 17 de fevereiro, o tenente-coronel reformado da Polícia Militar Walber Pestana da Silva confessou ter atirado no namorado de sua filha.

O resultado do corpo de delito feito pela filha do coronel e namorada de Davi na época, Ingrid Raiane Silva, apontou marcas pelo corpo e um corte na cabeça causado por um instrumento cortante. Segundo o delegado, os laudos periciais colaboram com os depoimentos do coronel e da filha dele.

Ingrid Raiane Silva era namorada de David e alega ter sido agredida pelo músico. (Foto: Reprodução)

A advogada da família de Davi Bugarin, Odeth de Carvalho, tem questionado a razão pelo qual o atirador não fez exame de corpo de delito e por que não foi encontrada a faca que teria sido usada por Davi para ameaçar o coronel. O delegado Lúcio Reis confirmou no início do mês que a faca não foi encontrada e disse que não houve necessidade do exame.

“A questão do corpo de delito dele, ele declarou que embora tenha recebido dois empurrões do Davi e que não ficou marca. Quando ele foi instado a fazer exame, ele disse que não teria necessidade porque não teria essas marcas e não foi feito por esse motivo. Sobre a faca, o coronel fala que ele teria usado duas, três vezes… em direção ao coronel. Uma faca de cozinha que na verdade os peritos e delegados de polícia de plantão não encontraram no local. Então não foi recolhido este material como prova de delito”, afirmou o delegado.

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