25 de setembro de 2024

Relatório de queimadas do primeiro trimestre de 2018 é divulgado

 Relatório de queimadas do primeiro trimestre de 2018 é divulgado

(Foto: reprodução)

(Foto: reprodução)

O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) divulgou nesta quinta-feira (23) o Relatório das Incidências de Queimadas no Estado do Maranhão, referente ao primeiro trimestre de 2018. A nota completa pode ser lida acessando link: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/6/230

De acordo com a publicação, o Maranhão registrou 3.857 focos de queimadas no primeiro trimestre de 2018. A maior incidência está na região do Bioma Amazônico, que apresentou 2.062 focos, representando 53,46% das queimadas de todo o Estado. Já no Bioma do Cerrado, esse número chega ao patamar de 1.740 focos, ou seja, 45% do total registrado no Estado, o que potencializa perigo a biodiversidade desse bioma.

O geógrafo do Imesc, Ribamar Carvalho, afirma: “é importante levantarmos um alerta para fins de atenuar o cenário de queimadas notificadas, visto que esta é considerada uma das regiões de elevada preservação, devido às inúmeras riquezas naturais que a região abrange”.

Os municípios que apresentaram a maior concentração de focos no Estado no acumulado dos meses de janeiro, fevereiro e março foram: Bom Jardim, Centro Novo do Maranhão, Santa Luzia, Açailândia, Araioses, Buriticupu, Santa Helena, Bom Jesus das Selvas, Itinga do Maranhão e Parnarama. Desses dez municípios, sete possuem em seu território unidades de conservação e terras indígenas.

“As unidades de conservação e as terras indígenas, são justamente as áreas mais sensíveis a impactos negativos e devem ter ações diretas para preservação e assim não sofrerem tantos riscos, principalmente em decorrência das queimadas que muitas vezes são feitas criminalmente por madeireiros”, analisa o geógrafo do Imesc, Ribamar Carvalho.

Para além dos fatores antrópicos, identifica-se fatores naturais que influenciam a incidência de queimadas como a estiagem, altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar, diminuição dos índices pluviométricos.

“Esses fatores favorecem a ocorrência de queimadas e determinam a sua dinâmica espacial, em locais com fisionomias abertas, como campos, deflagrando a perda gradual da cobertura vegetal e propiciando avanço de processos erosivos”, apontou Ribamar.

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