‘Repressão não resolve tudo’, diz promotor

O promotor de justiça José Cláudio Cabral Marques, titular da 1ª Promotoria de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial, disse na última quarta-feira (19), em entrevista à Radio 92.3 FM, que a melhor política de segurança que existe, é com a aplicação de políticas públicas. Segundo ele, não adianta pensar que tudo vai se resolver apenas pelo lado da repressão.

“A questão do desnível social ainda causa conflito dentro da sociedade, por isso eu acho que a gente não pode pensar só em punir. O Estado policial tem um limite”, destacou Dr. Cláudio Marques citando como exemplo as UPPs no Rio de Janeiro. “O Estado não pode chegar numa comunidade violenta e pensar só na repressão. Precisamos da aplicação de políticas públicas”, completou.

Entrevistado no programa Na Hora, pelos apresentadores Isaías Rocha e Flavio Chocolate, o titular da 1ª Promotoria de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial também fez um comentário sobre o mais completo relatório dos crimes letais e não letais.

De acordo com ele, o documento, intitulado ‘Subsídios ao Diagnóstico da Segurança Pública do Maranhão’, foi fruto de Acordo de Cooperação Técnica entre o Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Ministério Público do Maranhão (MPMA), Prefeitura e Câmara Municipal de São Luís.

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Clique aqui e confira o relatório da dinâmica espacial dos crimes violentos no município de São Luís

O diagnóstico da Segurança Pública traz uma avaliação dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – latrocínio, homicídio, lesão corporal seguida de morte – e Crimes Violentos Não Letais Intencionais (CVNLI) – roubo, estupro e lesão corporal – no município de São Luís. Segundo o estudo, foi identificada uma redução dos casos de violência na capital maranhense, entre 2014 e 2017, em 49% nos CVLI e em mais de 40% na redução de homicídios, principalmente no que se refere aos crimes contra jovens.

“Por ser um órgão especializado na coleta e tratamento dos dados, procuramos o Imesc e assinamos um termo de cooperação entre a Secretaria de Segurança, Ministério Público, Imesc, Prefeitura de São Luís e Câmara Municipal. Esse é o projeto piloto para a Grande Ilha de São Luís, para depois avançarmos para todo o Maranhão”, revelou.

Confira a versão completa da entrevista