30 de setembro de 2024

Projeto Farmácia Viva ganha reconhecimento federal

 Projeto Farmácia Viva ganha reconhecimento federal

Horto do Farmácia Viva. (Foto: Divulgação)

Horto do Farmácia Viva. (Foto: Divulgação)

O projeto Farmácia Viva foi apresentado na 478ª Reunião Plenária do Conselho Federal de Farmácia (CFF), realizada na última quarta-feira (30), em Brasília. Com o objetivo de fortalecer as ações de saúde básica dos municípios e ampliar a atenção primária à população em situação de vulnerabilidade no Maranhão, o projeto é uma iniciativa pioneira do Governo do Estado, colocado em prática pela Secretaria de Saúde do Estado (SES).

Participaram da reunião, conselheiros federais, diretores de conselho e assessores. A coordenadora do Farmácia Viva da SES, Kallyne Bezerra, apresentou a implantação do projeto, o processo de adesão dos municípios, os indicadores e resultados já alcançados em dois anos de atividade.

Kallyne Bezerra disse foi apresentado, na reunião, toda a experiência de implantação e funcionamento do projeto no Maranhão. “Os nossos indicadores, a adesão dos municípios, o retorno terapêutico e o a flora do herbário, que pode ser usada para determinadas doenças. Também explicamos sobre a prescrição dos fitoterápicos, que é o nosso grande viés, com destaque para o trabalho que fazemos com a população indígena, quilombolas e população de terreiros de matriz africana”.

A apresentação para o conselho deu visibilidade ao projeto. A iniciativa é uma das únicas do país, desenvolvidas, a nível estadual, para pessoas carentes e de grupos étnicos. Por isso está motivando convites à apresentação do trabalho nos estados do Ceará, Tocantins, São Paulo e Amapá e, também, para implantar uma horta no Conselho Federal de Farmácia, em Brasília.

O conselheiro do Acre, Romeu Cordeiro, esteve recentemente no Maranhão para conhecer melhor a experiência do Farmácia Viva. “Quero muito levar para o Acre essa experiência exitosa desenvolvida pela saúde estadual. Fiquei muito satisfeito com a adesão dos municípios e com os dados positivos que o programa já contabiliza”, destacou.

“Parabenizo a iniciativa do governador Flavio Dino de desenvolver esse projeto tão importante pelo Maranhão, que fortalece as ações de saúde básica desenvolvidas pelos municípios. Convidei a coordenação do programa para apresenta-lo no Amapá, que é um estado que também necessita dessa política pública”, afirmou o conselheiro Federal de Farmácia do Amapá, Carlos Sena.

Desde que foi implantado, o projeto já alcançou a marca de 162 termos de adesão celebrados, em 100 municípios maranhenses, inclusive nas 30 cidades contempladas no Plano Mais IDH.

O Farmácia Viva não funciona como um dispensador das medicações. O projeto constrói o horto e a partir dessa iniciativa é realizada as indicações nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e programadas as ações de saúde.

O secretário adjunto da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Marcelo Rosa disse que o tema Farmácia Viva foi proposto como pauta da reunião do CFF para que os outros estados tomassem conhecimento da política de saúde pioneira realizada no Maranhão e à troca de experiências. “Diferente de outros estados que já disponibilizam a medicação fitoterápica em alguns postos, aqui no Maranhão não ficamos só no âmbito dos profissionais de farmácia, mas capacitamos a população, os agentes comunitários de saúde, para que faça a manipulação correta do fitoterápico”, destacou

Farmácia Viva

O Farmácia Viva faz parte das práticas integrativas no SUS e consiste no cultivo, conservação e utilização de plantas medicinais, bem como a produção de alguns tipos de plantas medicinais, utilizando como matriz as próprias plantas cultivadas.

Antes de iniciar a implantação do horto medicinal, são realizadas capacitações com os servidores para o manejo correto e conservação das mudas, assim como a fabricação de pomadas e xaropes naturais.  Os treinamentos promovem o entendimento dos usos terapêuticos de cada espécie, formas corretas de cultivar, recolher e utilizar.

O projeto funciona em parceria com as prefeituras e órgãos públicos na instalação de hortos medicinais, espaços onde são cultivadas plantas utilizadas no tratamento e prevenção de doenças.

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