20 de setembro de 2024

PF e Receita faz operação para coibir esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas

 PF e Receita faz operação para coibir esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas

(Foto: Reprodução/Internet)

                                                                   (Foto: Reprodução/Internet)

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram início na manhã desta terça-feira (15), a Operação Hammer-on, contra uma organização criminosa transnacional responsável pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Pelo menos 19 pessoas já foram presas. Ao todo, 153 mandados foram expedidos em cidades do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo com a participação de cerca de 300 policiais federais e 45 servidores da Receita Federal. Desses mandados, dois são de prisão preventiva, 17 são de prisão temporária e 53 são de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, além de 82 de busca e apreensão.

De acordo com a PF, as empresas controladas pela organização criminosa investigada movimentaram mais de R$ 5,7 bilhões de recursos ilícitos no período de 2012 a 2016. As investigações, que começaram em 2015, tiveram como alvo um “grupo criminoso composto de cinco núcleos interdependentes que utilizavam contas bancárias de várias empresas, em geral fantasmas, para receber vultosos valores de pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do exterior, especialmente do Paraguai”.

Investigação Policial

A operação, batizada de Hammer-on, é um desdobramento das operações Sustenido e Bemol, deflagradas pela Polícia Federal e pela Receita Federal de Foz do Iguaçu/PR, respectivamente, em 2014 e 2015.

Na teoria musical, o “sustenido” e o “bemol” são notas intermediárias entre outras duas notas musicais. Analogicamente, as organizações criminosas desarticuladas em decorrência das operações Sustenido e Bemol, estabelecidas em Foz do Iguaçu (PR), intermediavam as negociações entre criminosos brasileiros e paraguaios, sendo responsáveis por garantir o pagamento de fornecedores paraguaios de drogas, cigarros e mercadorias, bem como simplesmente ocultar dinheiro de origem criminosa.

Na operação Hammer-on, os demandantes dos serviços prestados pelos intermediários também foram investigados. Segundo a PF, os brasileiros que contrataram a organização criminosa para pagar os fornecedores paraguaios, bem como para ocultar dinheiro de origem criminosa, também foram alvos de investigação.

O Hammer-on é uma técnica usada em instrumentos de corda para ligar duas notas musicais com uma mesma mão. Fazendo-se novamente referência à teoria musical, na operação Hammer-on, numa só toada, “com uma só mão”, ligaram-se duas “notas musicais” (intermediários e demandantes).

Os investigados são acusados de crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão temerária, operação irregular de instituição financeira e uso de documento falso.

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