Especialistas alertam para a necessidade de ações de apoio à saúde mental durante e depois da pandemia de Covid 19
A comissão externa que acompanha as ações de enfrentamento à pandemia de coronavírus realizou reunião virtual para ouvir sobre ações que estão em funcionamento no país para garantir a saúde mental da população.
A representante do Ministério da Saúde, Maria Dilma Teodoro, reconheceu que a rede de atenção psicossocial do país é insuficiente para atender a demanda atual, mas ela informou que em parceria com o hospital das clínicas de Porto Alegre, o ministério implementou um atendimento via telefone para médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que estão na linha de frente da pandemia.
Maria Dilma disse ainda que o ministério já está implementando ações para o pós-pandemia onde são esperados agravamentos dos quadros atuais e o aparecimento de novos pacientes.
“A gente já tinha começado a incentivar novos serviços para que eles fossem abertos e já estamos habilitando serviços que estavam precisando de habilitação então a gente está soltando as portarias e buscando recursos para essas habilitações”.
Há dois anos e meio, o plantão de acolhimento, PsiU está disponível para a comunidade composta por professores, alunos e técnicos-administrativos da Universidade Federal da Bahia.
O idealizador do projeto, que atualmente funciona com a participação de 40 voluntários, Marcelo Veras, lembrou que muitos dos alunos deixam suas cidades e famílias para ingressar na universidade e por vezes, esse isolamento causa um sofrimento muito grande e uma escuta por parte de um profissional ajuda a aliviar essa solidão. Ele explica como é a participação dos voluntários.
“Uma atividade de extensão com profissionais á formados e qual seria a contrapartida para que eles pudessem nos apoiar na escuta desses jovens é exatamente formação, ou seja, é associar o tratamento à formação, que é um diferencial para eles, que saem inclusivo com um certificado”.
O presidente da comissão, deputado Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior (PP-RJ), afirmou que o tema do suicídio precisa ser discutido, com mais informações.
“Acho que a chegada da pandemia como eu tenho falado, como divisor nas relações de trabalho, da tecnologia e da informação que a gente já usa para o mal, já usa para lotar a nossa vida de demanda que não é nossa passar a ser utilizada, tendo acesso a profissionais de alto gabarito, tendo acompanhamento de forma diferenciada. Nós temos ainda a cultura de que é necessária aquela estrutura física, cara, que não anda, que o poder público não consegue entregar”.
A diretora da Associação Brasileira de Estudo e Prevenção do Suicídio, Soraya Carvalho, afirmou que é preciso desmistificar as doenças mentais e o suicídio para que se possam realizar campanhas informativas para a população e para os profissionais de saúde.
Ela destacou que o Brasil é o oitavo país com maior número de suicídios com quase 12 mil casos ao ano.
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Fonte: Rádio Câmara, de Brasília, Karla Alessandra e RNM ONLINE