21 de setembro de 2024

Semana da Leishmaniose reforça prevenção da doença

 Semana da Leishmaniose reforça prevenção da doença
Leishmaniose Visceral popularmente conhecida por calazar ataca cães — Foto: Reprodução

A Semana Nacional de Combate e Controle à Leishmaniose tem início nesta segunda-feira (9) no Maranhão. Até a sexta-feira (13) será apresentado um panorama, prevenção e tratamento da Leishmaniose, além de capacitação de profissionais das cidades de São Luís, Caxias e Timon para diagnosticar e tratar precocemente os casos.

Sob a coordenação do Departamento de Controle de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Programa de Vigilância e Controle das Leishmanioses, entre 9 e 11 de agosto, profissionais dos municípios de Timon, Caxias e São Luís, que atuam no combate do calazar, receberão treinamento para avaliação entomológica da implementação do uso das coleiras com inseticida em cães. A capacitação será realizada no Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão, em São Luís, com a presença do pesquisador da Universidade de São Paulo, Fredy Galvis Ovallos.

Este ano, a Semana Nacional de Combate e Controle à Leishmaniose será realizada entre 9 e 13 de agosto. Com parte da programação, o webinar tem como tema “Maranhão Contra o Calazar” e será destinada para profissionais de saúde, pesquisadores, estudantes.

Para participar do webinar, o interessado precisa se inscrever através de cadastramento online, por meio do link. Durante o seminário virtual, os inscritos participarão das palestras educativas com ênfase na prevenção e controle das Leishmanioses.

Nesta segunda-feira (9), a partir das 9h, o webinar promove o debate sobre “Drogas no tratamento das Leishmanioses”, tendo como facilitadores o médico infectologista e pesquisador da Fiocruz Bahia, Jackson Maurício Lopes Costa; e a coordenadora do Programa de Vigilância e Controle das Leishmanioses da SES, Monique Maia.

Na quarta (11), o webinar irá enfatizar discussão sobre “Vetores Transmissores das Leishmanioses”, com a participação de três convidados: o pesquisador da Universidade de São Paulo, Fredy Galvis Ovalhos; o biólogo e doutor em Biodiversidade e Biotecnologia, Jorge Luiz Pinto Moraes; e o professor doutor da Universidade Federal do Maranhão, José Manoel Macário Rebêlo.

Na quinta (12) e sexta-feira (13) o tema será “Reservatórios da Leishmaniose Visceral e Formas de Prevenção”, ocasião em que será debatido o encoleiramento na teoria e na prática, e também o papel dos animais domésticos no ciclo de transmissão da doença. Entre os palestrantes, a professora da Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia, Anaiá da Paixão Sevá; e o biólogo pós-doutor em parasitologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Hermes Luz.

A Semana Nacional de Combate e Controle à Leishmaniose foi instituída no ano de 2012 pela Lei Federal 12.604, celebrada anualmente na semana que inclui o dia 10 de agosto, data escolhida em homenagem ao médico sanitarista e cientista Evandro Lobo Chagas, que nasceu neste dia e realizou estudos sobre febre amarela, malária e, principalmente, sobre a leishmaniose.

Em 2020, o Maranhão registrou 344 casos confirmados para Leishmaniose. Neste ano de 2021, entre os meses de janeiro a julho, esse número chegou a 111. Somente na Regional de São Luís, que compreende os quatro municípios da Grande Ilha e mais a cidade de Alcântara, foram contabilizados 12 casos, destes, 5 somente na capital maranhense.

A doença

A Leishmaniose Visceral (LV), popularmente conhecida por “calazar”, é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por parasitas que vivem e se multiplicam no interior das células do sistema de defesa do hospedeiro. A forma de transmissão é por meio da picada do mosquito-palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis).https://3a10ec180068b96425cc02877f9fc87d.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

A doença é caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia (perda ou diminuição da força física), adinamia (fraqueza muscular), hepatoesplenomegalia (aumento do tamanho do fígado e do baço) e anemia, dentre outras. Se não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.

Entre as estratégias de prevenção e controle está o uso de coleiras que liberam inseticida em cães. De acordo com o Programa de Vigilância e Controle das Leishmanioses da SES, o Ministério da Saúde financiou, em 2010, um estudo de intervenção controlado e multicêntrico com intuito de avaliar a efetividade das coleiras impregnadas com inseticida (deltametrina a 4%).

Esta pesquisa foi realizada em 14 municípios distribuídos em quatro regiões do território, e mais de 300 mil animais foram encoleirados durante o período de 2012 a 2015. O resultado do estudo demonstrou que o uso da coleira foi responsável pela redução de 50% da prevalência da doença em cães nas áreas de intervenção quando comparadas às áreas controle.

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