22 de setembro de 2024

“Quero distribuir muita energia”, diz Patativa sobre show no Réveillon

 “Quero distribuir muita energia”, diz Patativa sobre show no Réveillon

(Foto: Divulgação)

(Foto: Divulgação)

Com 80 anos recém-completados no último dia 5 de outubro, Maria do Socorro Silva, que atende por Patativa, diz estar animada para o show que realizará no Réveillon de Todos, no dia 29, no samba da Praia Grande, em São Luís. O evento é realizado pelo Governo do Maranhão e conta com diversas atrações.

Dividindo o palco com Leci Brandão e um grupo de artistas da terra, como as Brasileirinhas e o Batuka Nego, a cantora já se antecipa e assegura que animará a festa com muito samba maranhense.

Para a abertura da festa, Patativa diz que levará ao público o tambor de mina. “Claro! A mina será para levantar o astral do público. Para que o povo entre o ano de 2018 da melhor forma possível, numa levada de mina. Isso tudo para abrir os caminhos e garantir um ano excelente a todos. Quero distribuir muita energia”, adianta. Ela promete uma roda de samba muito animada.

A cantora gostou da ideia de dividir o palco com outras atrações: “Me sinto em casa. Os artistas da terra já me conhecem, são acostumados a tocar comigo. O que eu sinto, horas antes de entrar em cena, é um frio na barriga, o que é natural quando você faz o que mais gosta nessa vida, que para mim é cantar. De resto, tiro de letra”, conta em gargalhadas.

Apesar de já ter mais de cinco décadas de carreira na música, Patativa gravou o primeiro álbum somente aos 77 anos. Ela é dona de mais de 200 composições, entre samba, marchinhas, xote e outros ritmos. A cantora inseriu sua assinatura em uma canção, ‘Babado da Favela’, que poderia facilmente ser confundida com as composições da lavra do inesquecível Bezerra da Silva.

Tradição e irreverência

Natural de Pedreiras, município maranhense localizado a 245 quilômetros de São Luís, Patativa faz um samba de melodias tradicionais e deixa o tempero para as rimas cheias de ironia e sua poesia sobre as periferias.

Em relação ao apelido, ela conta que nasceu de uma brincadeira adolescente. “Apelidei um colega de ‘amigo da onça’ e ele retrucou dizendo que eu era uma Patativa por viver cantando”, rememora ela, que na época não gostou da comparação.

Prêmio Mestras da Cultura Popular

Quem construiu a identidade cultural do Maranhão, fez e faz história e repassa os saberes populares mais genuínos foram eternizados na memória oficial do Estado. O governador Flávio Dino realizou a premiação Mestres e Mestras da Cultura Popular e Tradicional e, entre os nomes de destaques da cultura e da arte maranhenses, estava o da Patativa.

A cantora foi premiada na categoria música popular. A irreverência e a alegria de Patativa fazem dela uma personagem do samba e da cultura maranhense. Durante a premiação, ela deu uma palhinha, mas o refrão ficou por conta da plateia, que cantou junto, mostrando o sucesso que é Patativa.

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