22 de setembro de 2024

Campanha Janeiro Roxo alerta sobre a hanseníase

 Campanha Janeiro Roxo alerta sobre a hanseníase

(Foto: Reprodução)

(Foto: Reprodução)

O governo e associações médicas fazem campanha janeiro roxo com foco no combate à hanseníase. No Brasil, um caso foi registrado no estado do Mato Grosso. Uma criança de 11 anos, portador da doença, morreu no primeiro dia do ano, que marcou também o início da campanha.

Menino foi internado no domingo (31) com infecção generalizada e morreu na madrugada do dia 1º de janeiro, no Hospital Regional de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá. Daniel Rodrigues Santiago era portador de hanseníase multibacilar e estava em tratamento há três meses.

Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), Mato Grosso registra as maiores taxas de detecção de hanseníase do país. Em 2016, foram detectados 2.658 casos novos, o que equivale a 80,4 registros para cada 100 mil habitantes. O índice representa uma redução em relação a 2015, que teve taxa de detecção de novos casos da doença de 93 para 100 mil habitantes, totalizando 3.037 registros.

A técnica do Programa Estadual de Controle de Hanseníase de Mato Grosso Rejane Finotti relatou que a morte está sendo investigada e os médicos trabalham com a hipótese de intolerância aos medicamentos. “Não ocorre óbito por hanseníase. O que pode ocorrer é intolerância medicamentosa. Logo no início do tratamento, [o paciente] é orientado a procurar a unidade de saúde caso sinta algum sintoma diferente”, disse.

A morte do menino portador de hanseníase em Mato Grosso reforça a importância do combate e prevenção à doença. Este mês, diversas organizações da sociedade civil, ministério e secretarias de Saúde promovem a campanha Janeiro Roxo. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia, Cláudio Salgado, nos últimos 10 anos o número de casos caiu no país, mas a falta de tratamento dos casos existentes aumentou o número pessoas com incapacidade física.

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa saudável suscetível. Embora tenha cura, a doença pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito adequadamente. A orientação é que as pessoas procurem o serviço de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se ela apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento, o paciente para de transmitir a doença quase imediatamente.

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