20 de setembro de 2024

Funcionários anunciam greve após retirada de segurança das agências dos Correios

 Funcionários anunciam greve após retirada de segurança das agências dos Correios
Deputado Federal Rubens Pereira Jr. (Foto: Divulgação)

Esta semana, o deputado federal Rubens Júnior denunciou, na Câmara Federal, que o Governo Federal cancelou contratos de segurança em dezenas de agências dos Correios no Estado do Maranhão e pelo menos 76 agências dos Correios no Estado terão os postos de segurança encerrados.

A medida tem como principal objetivo gerar economia. De acordo com dados dos Correios, o prejuízo já chega a quatro bilhões de reais, isso levando em consideração ao rendimento dos últimos dois anos.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios foi informado da decisão do Governo Federal há aproximadamente um mês. Mas o anúncio deixou a categoria preocupada, já que algumas agências vêm sendo alvo constante de bandidos. A última ocorrência de assalto à agência dos Correios ocorreu no dia 28 de junho no município de Grajaú, onde funcionários e clientes foram feitos reféns durante tentativa de assalto.

Entretanto, essa não está sendo a única preocupação dos funcionários. Na manhã de hoje (01), o diretor de patrimônio do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Maranhão, Wilson Balde, afirmou que os funcionários da Central de Tratamento de Cartas e Encomendas dos Correios de São Luís poderão entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 12 deste mês.

A falta de mão de obra e condições inadequadas de trabalho, são as principais reivindicações da categoria. Além disso, a categoria questiona sobre a demissão em massa que vem acontecendo na empresa. Apenas este ano, segundo o diretor, 200 funcionários já perderam o emprego.

Com a suspensão do serviço, as entregas de correspondências na capital poderão sofrer atrasos nas unidades.

Decisão do Governo

De acordo com memorando circular enviado pela presidência dos Correios à Superintendência Estadual do Maranhão, algumas medidas podem ser tomadas pelo Órgão para amenizar a situação, como: substituição dos serviços de vigilância por portaria ou recepção, instalação de fechadura eletrônica ou porteiro eletrônico, melhoria na iluminação, recuperação de muros.

Em outro comunicado, os Correios sugere que prefeituras e câmaras municipais sejam comunicadas da situação, e, caso não queiram, que os “Bancos Postais” tenham os serviços interrompidos, já que devido à determinação judicial, as agências que oferecem o serviço denominado “Banco Postal”, a empresa está obrigada a disponibilizar postos de vigilância armada.

Com a determinação, convênios deverão ser firmados com os Correios para que os municípios arquem com as despesas de segurança. “O que se quer é transferir uma responsabilidade do Governo Federal para os municípios brasileiros, que estão assolados pela crise”, protestou Rubens Júnior.

 

(*) Texto alterado às 10h15 para acréscimo de informações

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