22 de setembro de 2024

“A glicemia alta é apenas a ponta do iceberg”, diz especialista sobre diabetes

 “A glicemia alta é apenas a ponta do iceberg”, diz especialista sobre diabetes
Entrevista com o endocrinologista Ruy Pantoja Filho (Foto: Reprodução / Rádio Notícia Maranhão)

O International Diabetes Federation (IDF) e a Sociedade Brasileira de Diabetes realizaram de 07 a 14 de novembro uma campanha para promover ações de conscientização sobre a importância da prevenção e educação em diabetes, mas é necessário debater todos os dias sobre essa doença crônica que atinge 16 milhões de brasileiros, segundo um levantamento da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla causada pela falta de insulina ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos, que causa o aumento da glicose, o açúca, no sangue. A doença acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou quanto há resistência à insulina.

A campanha deste ano teve como público alvo as mulheres que, segundo dados do Ministério da Saúde, registram mais diagnósticos da doença. Elas passaram de 6,3% para 9,9% no período de 10 anos, contra índices de 4,6% e 7,8% registrados entre os homens.

Em entrevista ao programa ‘Na Hora’, da Rádio 92.3FM, o endocrinologista Ruy Pantoja Filho alertou sobre os cuidados para prevenir a doença crônica, que também pode estar relacionada ao estilo de vida. Segundo ele, pessoas sedentárias, que ingerem alimentos gordurosos e grande quantidade de açúcar têm maior probabilidade de desenvolver a patologia.

Endocrinologista Ruy Pantoja Filho (Foto: Reprodução / Rádio Notícia Maranhão)

A diabetes está divida em dois grupos, que são classificados em Tipo 1 e Tipo 2. De acordo com Ruy Pantoja, é fácil perceber a manifestação da doença no Tipo 1, porque pâncreas para de produzir insulina, o que causa uma elevação desordenada da glicose em um curto espaço de tempo, podendo causar até coma.

Já Tipo 2, que é o caso mais frequente com 90% dos diagnósticos, a doença se instala lentamente. “A pessoa engorda e progressivamente aumenta a resistência à insulina, a taxa de glicose sobe até chegar em 180. A partir desse ponto, organismo, como mecanismo de defesa, expele o açúcar pela urina para não afogar a pessoa em tanto açúcar. Esse processo reduz a quantidade de água no corpo, causando sede excessiva e fome. A perda da glicose gera emagrecimento, fraqueza e problemas nos sentidos, como a visão turva”, explicou o endocrinologista.

Para Pantoja, a glicemia alta é apenas a ponta do “iceberg”, porque os pacientes de diabetes apresentam uma associação de patologias metabólicas como: pressão arterial desregulada; gordura abdominal alta; infiltração gordurosa no fígado – que gera cirrose sem a ingestão de álcool e câncer de fígado.

Há remédios que permitem que o ser humano sobreviva normalmente mesmo portando o Tipo 1 e o Tipo 2 da diabetes. Mas o melhor é prevenir, melhorando o estilo de vida praticando exercícios físicos e ingerindo alimentação adequada.

 

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