19 de setembro de 2024

Indiciado vigilante suspeito de esfaquear cadela dentro de faculdade em São Luís

 Indiciado vigilante suspeito de esfaquear cadela dentro de faculdade em São Luís

(Foto: Divulgação/Cães e Gatos de Rua SLZ)

(Foto: Divulgação/Cães e Gatos de Rua SLZ)

A Polícia Civil indiciou um vigilante identificado como Célio Ferreira por esfaquear uma cadela dentro da Faculdade Kroton/Pitágoras no Turu, em São Luís, crime ocorrido no dia 27 de agosto. Dois dias depois, o vigilante se apresentou à polícia para prestar depoimento e negou o crime.

Conhecida como Nemeria, a cadela sofreu várias perfurações na cabeça e ficou cega. Ela se recupera bem e deve ter alta até este domingo (15). Nemearia foi adotada por Dulci Barbosa (veja foto abaixo).

Dulci Barbosa acompanha a recuperação de Nemeria. (Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com informações, a cadela sempre foi dócil, muito querida e nunca fez nada a ninguém. Em alguns vídeos gravados antes do crime, Nemeria demonstra ser muito carinhosa e aparece recepcionando Dulci, que é dona de uma lanchonete e resgatou a cadela quando a viu ensanguentada.

Após o caso de violência contra a cadela, a Faculdade Pitágoras afastou o vigilante suspeito de cometer o crime e registrou um Boletim de Ocorrência. A instituição também afirmou que ‘repudia veementemente qualquer ato de violência contra animais’ e prometeu arcar com as despesas da cadela na veterinária.

Investigações

Segundo a Delegacia do Meio Ambiente, por força de lei, todos os casos envolvendo violência contra animais geram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), que é para crimes de menor potencial ofensivo. Apenas o vigilante foi indiciado pelo crime.

Nesta quarta (11), foi realizada uma audiência de conciliação proposta pelo Ministério Público no 1º Juizado Especial Criminal de São Luís. Foi oferecido o pagamento de cerca de R$ 20 mil para reparação dos danos, mas não houve acordo. Agora, a Justiça deve marcar uma audiência de instrução e julgamento enquanto o Ministério Público vai analisar o TCO produzido pela Polícia Civil e pode oferecer denúncia contra o acusado.

Em paralelo, a Comissão de Defesa e Proteção dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (CDPA OAB-MA) afirmou que vai oficiar o Ministério Público para que haja uma reunião com a Faculdade Kroton/Pitágoras visando a responsabilização da instituição pelo crime. Para a CDPA, há depoimentos apontando que a faculdade ordenava funcionários a ‘enxotar’ animais.

Sobre a da promessa da CDPA de oficiar o MP para que intime a instituição pelo crime, a Faculdade Kroton/Pitágoras declarou que, até o momento, não foi notificada pelo Ministério Público.

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