22 de setembro de 2024

Maranhão participa de Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas

 Maranhão participa de Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas
Na COP 23, líderes mundiais discutem o combate aos efeitos das mudanças climáticas e o cumprimento das metas definidas no Acordo de Paris (Foto: Divulgação/ONU)

Especialistas acreditam que o Brasil foi o país que mais firmou compromissos e que mais contribuiu em sustentabilidade para as questões de cooperação climática durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas – (a COP 23, que este ano alcança a 23ª edição), que foi encerrada na tarde desta sexta-feira (17) com avanços discretos na implementação do Acordo de Paris e participação de delegações de 197 países.

Entre os estados brasileiros participante do evento, o Maranhão representou o Brasil pela segunda vez, acompanhado do estado de Roraima, que estrou nesta edição. Além das discussões focarem maneiras de se viabilizar os objetivos do Acordo de Paris (firmado durante a COP 21), o governo maranhense uniu-se ao demais governos que integram a Amazônia Legal a fim de discutir os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, e também a questão da vocação para a agricultura que estados brasileiros possuem.

As discussões têm procurado, então, encontrar uma equação sustentável para esses estados, envolvendo um equilíbrio entre empreendimentos, vocação para os negócios, cooperação com os povos indígenas e o convívio com experiências alternativas que tendem a crescer na colaboração com as boas práticas.

A boa notícia é que os debates apontam para uma agricultura de baixo carbono que está crescendo nos estados que fazem parte da Amazônia Legal. Assim como a pecuária consorciada com a lavoura. Outro aspecto importante vivido entre os estados brasileiros, sobretudo pelos estados amazônicos, vai além dos desafios econômicos. É o caso do Maranhão.

Secretário de Recursos Ambientais da SEMA, Marcelo Coelho, acompanhado da sua adjunta Talissa Moraes (Foto: Divulgação/ SEMA)

Em suas abordagens durante a COP 23, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Marcelo Coelho, da pasta de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), relatou o que ele chama de “felicidade de nascer em um local com um porto privilegiado”.

Em sua fala, ele abordou que o Maranhão é o segundo porto com grande profundidade no mundo. Para exportação e importação ele apresenta essa grande oportunidade. Outra vantagem é a sua proximidade com os demais continentes. O Estado oferece ferrovias, também, como a Norte-Sul, a da Vale e a Transnordestina, que precisam ser mais vistas e melhor exploradas pelo mundo, conforme a visão do secretário.

Em relação a energia limpa, o estado tem se esforçado no uso e incremento do gás natural. “Então, o estado do Maranhão apresenta toda uma infraestrutura para que ele se desenvolva. Quanto mais nós estivermos preparados para receber o desenvolvimento, temos que estar atentos para a questão ambiental”, reforçou o secretário.

Marcelo Coelho então busca mostrar em suas palestras que o ponto forte dos trabalhos desenvolvidos pela Sema tem sido o Plano Estadual de Educação Ambiental.

“Somos o único estado brasileiro que está implementando esse Plano, onde nele nós ouvimos 19 Unidades Regionais de Educação que existem em nosso estado, bem como a população indígena. Ouvimos também os agropecuaristas, os industriais, sociedade civil e os povos quilombolas. Todos estes personagens estão inseridos neste plano estadual”, observou.

Durante painel realizado nesta quinta-feira (16), a secretária Adjunta de Recursos Ambientais da SEMA, Talissa Moraes, ainda falou sobre as políticas ambientais para a proteção florestal e garantia do desenvolvimento sustentável no Maranhão. Citou ações como o Programa Maranhão Verde; monitoramento, controle, prevenção e combate ao desmatamento e queimadas; gestão participativa e efetiva das unidades de conservação; educação ambiental; complexos ambientais; recursos hídricos.

Secretária Adjunta de Recursos Ambientais da SEMA, Talissa Moraes, apresentando as potencialidades do Maranhão (Foto: Divulgação/ SEMA)

Além das discussões focarem maneiras de se viabilizar os objetivos do Acordo de Paris (firmado durante a COP 21), o governo maranhense uniu-se ao demais governos que integram a Amazônia Legal a fim de discutir os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

No painel no qual Marcelo Coelho marcou presença, representando o governo Flávio Dino, foram destaque questões sobre o controle do desmatamento nos estados, produção sustentável e financiamento para a Amazônia.

Novidades para o Maranhão

O Maranhão encerrando sua participação nos eventos do Espaço Brasil (Foto: Divulgação/SEMA)

Um dos pontos altos da interlocução do governo maranhense com as instituições que fomentam as boas práticas e também oportunidades de negócios, está na viabilização de projetos financiados por fundos internacionais.

“Nós já garantimos para o Estado do Maranhão, durante a COP 23, um recurso inicial de 400 mil dólares para ser investido em projetos, que devem trazer ainda mais investimentos – algo em torno de 150 milhões de dólares – na prática da sustentabilidade em nosso estado”, explicou o secretário, sobre a importância do Maranhão estar presente nesse tipo de discussão.

Ele também reforçou que a aplicabilidade dos projetos abrange a fiscalização e a conservação de matas ciliares e das florestas do Maranhão.

 

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