Marquinhos fica no DEM em busca do 3º mandato; veja a nova composição da Câmara
Com o fim do período chamado de “janela partidária”, no qual vereadores que pretendem concorrer à reeleição ou ao cargo de prefeito nas eleições de 04 de outubro deste ano poderiam mudar de partido sem correr o risco de perder o mandato eletivo, a Câmara de São Luís, passou a contar agora com uma nova composição. Dezoito dos trinta e um vereadores aproveitaram o prazo para troca de legenda, que encerrou neste sábado, dia 3 de abril, seis meses antes da realização do primeiro turno do pleito, marcado para 4 de outubro, para mudar de partido.
Um dos que não mudou de legenda foi o vereador Antônio Marcos Silva, mais conhecido por Marquinhos, que continuará no Democratas (DEM). No entanto, destacou que não estará mais sozinho no mandato, já que irá formar chapa proporcional com os vereadores Estevão Aragão, Josué Pinheiro, Edson Gaguinho e Ricardo Diniz. A legenda espera eleger pelo menos quatro parlamentares no pleito de outubro já que, além de apostar na candidatura À prefeito do deputado Neto Evangelista, terá ainda como pré-candidatos outros nomes de peso que estão ocupando suplência de eleitos em 2016 caso, por exemplo, do ex-vereador Armando Costa.
Em entrevista ao portal RNM, Marquinhos comentou o fortalecimento do partido e afirmou que que está confiante com o quadro que o DEM formou para a disputa proporcional no pleito deste ano. “Acredito e que foi a decisão mais acertada. O Democratas é um partido que se faz presente no parlamento da capital, estadual e federal. E na esfera nacional, preside os dois parlamentos”, analisou o parlamentar se referindo, inclusive, aos presidentes da Câmara Federal, Rodrigo Maia; e do Senado, Davi Alcolumbre.
FOCO NA BASE
Marquinhos diz que realiza um mandato com foco na base e ações diretas na comunidade. Esse trabalho, segundo ele, foi reconhecido em 2012 com o seu primeiro mandato com mais de 5 mil votos e, em 2016, quando foi reconduzido ao Palacio Pedro Neiva de Santana – sede da Câmara Ludovicense, com 7.384 votos. Segundo ele, as pessoas que moram na grande região Turu, sabem de sua luta e conseguem obter o resultado de suas ações. “Trabalho para dar mais qualidade de vida para a nossa gente, sei das suas dificuldades diárias e dos sonhos que eles tem para a nossa região”, completou.
ELEIÇÕES 2020
A janela partidária é um período de 30 dias, previsto em lei, em que vereadores podem mudar de partido sem a possibilidade de perder o mandato por infidelidade partidária. O prazo termina ontem, dia 4 de abril, mas os partidos têm o dia 15 de abril para comunicar os novos filiados à Justiça Eleitoral.
Sendo estas eleições municipais as primeiras sem possibilidade de coligação partidária na disputa proporcional, os vereadores tiveram ainda a dificuldade de encontrar partidos que aceitassem a filiação. O argumento é de que pré-candidatos exercendo mandato na Câmara dificultariam a formação das chapas de legendas menores, já que afastariam pré-candidatos com projeção menor de votos.
Além disso, o avanço da pandemia do novo coronavírus no Maranhão também teve impacto sobre as articulações. Com o isolamento social determinado pelo Governo do Estado, além da quarentena adotada por parlamentares para evitar o contagio, as reuniões presenciais se tornaram inviáveis.
As conversas têm ocorrido principalmente de maneira virtual ou por ligações, o que, embora necessário por conta do novo vírus, não é a melhor forma de comunicação para articulações partidárias.
COMO FICA?
Com o troca-troca partidário, o Plenário Simão Estácio da Silveira conta agora com uma composição bem diferente de 2017, quando os atuais edis foram empossados. Gaguinho (ex-PHS), Ricardo Diniz (ex-PCdoB), Josué Pinheiro (ex-PSDB) e Estevão Aragão (ex-PSDB), se filiaram ao DEM, que ao lado do PDT, formam a maior bancada hoje no legislativo, juntamente com Pavão Filho, Raimundo Penha, Ivaldo Rodrigues, Osmar Filho e Nato Júnior (ex-PP). O PCdoB recebeu Concita Pinto (ex-PEN), Paulo Victor* (ex-PROS) e Astro de Ogum (ex-PCdoB) que se juntaram à Marcelo Poeta e Fátima Araújo, se tornando a segunda maior bancada com quatro parlamentares, mesmo que, momentaneamente, esteja com cinco em função de um suplente* que está no exercício do mandato substituindo o colega Marquinhos.
Outros que aproveitaram a “janela partidária” foram os vereadores Sá Marques (ex-PHS), Chaguinhas (ex-PP), Marcial Lima (ex-PEN) se filiaram ao Podemos, formando a terceira maior bancada com três parlamentares. Apenas os vereadores Isaías Pereirinha e Chico Carvalho, ambos no PSL; Honorato (PT), Barbara Soeiro (PSC), Aldir Júnior (PL), Joãozinho Freitas (PTB), que substituiu o vereador Pedro Lucas; Antonio Garcez (PTC), que se efetivo no mandato com a morte do vereador Edmilson Jansem; Cezar Bombeiro (PSD), assim como os demais já citados acima nesta matéria não mudaram de partido.
Beto Castro e Dr. Gutemberg também já haviam trocado de legenda. O primeiro, que foi eleito pelo PROS, hoje está no Avante; e o segundo, trocou o PSDB pelo PRTB, mas deverá disputar sua reeleição pelo PSC. Ambos estão no comando dos diretórios municipais de seus partidos. O vereador Genival Alves, por sua vez, trocou o PRTB pelo PRB. Afonso Manoel foi eleito pelo PRP, mas como a legenda foi absorvida pelo Patriota, o parlamentar acabou ganhando a condição jurídica de permanecer ou não no novo partido, o que acabou mesmo se confirmando já que ele não demostrou interesse de deixar a nova legenda.
A reportagem não conseguiu obter informações apenas dos vereadores Silvino Abreu, eleito pelo PRTB e Umbelino Júnior, que chegou ao segundo mandato pelo PPS que hoje se chama Cidadania. No entanto, seus assessores revelaram que até amanhã divulgam essa informação, já que embora o prazo para mudança e filiações partidárias tenha terminado, dia 4 de abril, mas os partidos têm o dia 15 de abril para comunicar os novos filiados à Justiça Eleitoral.
