28 de setembro de 2024

Mercado Central continua sem reforma

 Mercado Central continua sem reforma
Mercado Central foi inaugurado em São Luís em 1941 (Foto: Reprodução)

projeto de reforma do Mercado Central, em São Luís, está orçado em mais de oito milhões de reais, mas apesar de uma decisão judicial determinar a restauração do prédio, a obra não tem sequer previsão para começar.

O mercado, que foi inaugurado em 1941, apresenta atualmente uma estrutura precária com muito ferro exposto na laje, rachaduras nas paredes, além da sujeira que fica espalhada ao longo do dia no local.

A vendedora Nina Maria Jacinto trabalha no Mercado Central há mais de 30 anos e diz que não lembra quando foram realizados os últimos reparos, sem que os vendedores tirassem o dinheiro do próprio bolso. “Dizem que a reforma vem e nunca que chega, e aí a gente fica arrumando os pontos para a gente trabalhar para vê se tem uma melhoria”, revelou.

A falta de higiene é outro fator que colabora de maneira negativa para que os frequentadores se afastem do mercado. A cuidadora de idosos, Luzia Ferreira, revela que presença de ratos é frequente no espaço. “Os produtos aqui são muito bons, mas o que me desagrada é a estrutura. Está tudo danificado, a gente vê rato”.

Em 2016, em virtude do grande número de gambiarra na fiação elétrica aconteceram vários incêndios no Mercado Central. Apesar de urgente a reforma, orçada em 8,8 milhões de reais com recursos do PAC Cidades Históricas, ela nunca foi para frente.

Uma sentença da Justiça determinou a execução dos serviços em 2012. A Prefeitura de São Luís recorreu, mas em 2015 a decisão foi mantida. No ano de 2017 a Prefeitura entregou um cronograma de obras que ocorreria em 27 feiras e mercados. O prazo está estipulado deste ano até 2028.

Enquanto isso, o vigilante Fábio Lima lamenta que os produtos típicos sejam expostos em boxes quebrados e sem nenhuma padronização, causando mal estar e péssima impressão para quem mora ou visita o Mercado Central. “O que incomoda mais é a reclamação das pessoas de fora, os turistas que querem um mercado novo. Eu não posso fazer nada”, finalizou.

Por meio de nota, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) não explicou o motivo do atraso para o início da obra no mercado. Informou que o projeto para a reforma está em fase final de elaboração, mas disse que, como é uma reforma de grande complexidade não é possível dar um prazo para que a obra comece.

Sobre a sujeira no mercado e a presença de ratos, o Comitê Gestor de Limpeza Urbana disse que a coleta de resíduos é feita diariamente à noite, além de lavagem uma vez por semana e a Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento afirmou que realiza manutenção periódicas no mercado, assim como dedetização e controle de pragas.

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