20 de setembro de 2024

Ministério do Trabalho alerta para o risco da trombose

 Ministério do Trabalho alerta para o risco da trombose
(Foto: Reprodução)

Passar horas parado em pé ou sentado faz parte da rotina de muitos trabalhadores. Pernas e pés inchados podem ser um alerta para a trombose venosa profunda, doença que forma coágulos (trombos) nas veias e prejudica a circulação sanguínea no corpo.

De acordo com dados mais atualizado da Previdência Social, somente em 2016, mais de 10 mil profissionais foram afastados das atividades laborais e do ambiente de trabalho em razão da trombose e de doenças a ela relacionadas.

“Trombose, de maneira simplificada, é o entupimento parcial ou total de veias por sangue coagulado. As consequências são inflamação das veias, com dor e inchaço da região, geralmente as pernas, na área abaixo do joelho. O pior, no entanto, é o risco de uma parte desse sangue coagulado se desprender e ‘viajar’ pelo organismo, entupindo vasos sanguíneos no cérebro, pulmão e coração, causando, respectivamente, AVC (Acidente Vascular Cerebral), embolia (tromboembolismo) pulmonar e infarto agudo do miocárdio (enfarte cardíaco), situações gravíssimas e muitas vezes fatais”, explica o assistente técnico do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador (DSST), auditor-fiscal Jeferson Seidler Seidler.

A falta de assento e de espaço adequados para que o profissional exerça sua atividade sem comprometer a saúde em longo prazo foram as irregularidades mais comuns identificadas nas empresas durante fiscalizações realizadas pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho.

“Existe uma cultura prejudicial de que o trabalhador é mais produtivo se ficar em pé. A Norma Regulamentadora nº 17 determina alternância de posições, seja lá qual for a atividade. Um exemplo é o caixa de supermercado, que, se não alternar entre ficar em pé e passar um tempo sentado, poderá ter problemas como a trombose “, observa a coordenadora-geral de Fiscalização e Projetos do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador (DSST), Viviane Forte.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirma que o Ministério atua durante fiscalização também para criar a consciência de que o problema é sério e não pode ser negligenciado. “É fundamental que funcionários e o empregadores tenham consciência de que medidas simples podem evitar riscos para saúde, e é ruim para todo mundo que isso ocorra. O trabalhador adoece, o empregador fica sem o funcionário, e, se a licença médica for superior a 15 dias, o governo vai ter de garantir o auxílio-doença”, adverte o ministro.

Evite ficar parado

Entre as atividades que mais exigem atenção em relação ao risco da doença estão: as de caixa de supermercado, lojas, farmácias, bancos e outros estabelecimentos comerciais, motoristas de ônibus e caminhão, vigilantes e fabricantes de vestuário.

A trombose venosa profunda pode ser prevenida por medidas adotadas no cotidiano. No ambiente de trabalho, por exemplo, as pessoas devem se levantar a cada uma hora, para movimentar as pernas e ajudar na circulação de sangue no organismo.

“Se já tiver varizes ou se houver casos de trombose na família, é importante que a pessoa procure um médico angiologista para avaliar a necessidade de medidas adicionais de proteção, como uso de meias compressivas e medicamentos”,alerta o auditor-fiscal Jeferson Seidler.

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