21 de setembro de 2024

Pessoas trans já podem solicitar nome social no MA

 Pessoas trans já podem solicitar nome social no MA
Mudança permite alteração do nome social sem autorização da Justiça no MA — Foto: Reprodução

Três anos após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter autorizado a mudança de nome social sem autorização da Justiça, os cartórios do estado do Maranhão começaram a exercer essa função apenas em julho deste ano. A atualização das normas segue uma orientação do Conselho Nacional de Justiça e da Corregedoria Nacional de Justiça.

De acordo com o juiz Marco Adriano Fonseca, trata-se de uma iniciativa que visa facilitar o acesso a esse tipo de serviço, bastando que o interessado seja maior de 18 anos, que compareça diretamente nos cartórios da cidade e solicite o preenchimento do requerimento.

Para a transexual Milena, a burocracia que envolvia todo o processo de mudança do nome social fazia com que ela adiasse os planos.

“Meu dia a dia é muito corrido devido ao meu trabalho. É muito burocrático fazer a mudança de nome, mas a importância disso é fundamental, porque eu já passei por diversos constringimentos”, disse.

Já para Jefferson Taylor, integrante da Aliança Nacional LGBTQIA+ no Maranhão, o principal problema é a falta de informação, visto que muitas travestis não sabem que tem esse direito. De acordo com Jefferson, é necessário gerenciar a informação.

“Foi um grande avanço para gente, principalmente em relação aos cartórios, isso facilitou a vida das mulheres e homens trans e das travestis. É necessário pensar agora como gerenciar essa informação, porque você tá falando de um estado e têm a trans do interior do interior que não tem acesso à internet, então como chegar essa informação para que elas tenham acesso a esse beneficio? Porque a gente tem o beneficio, mas n tem a informação, então não temos o impacto do resultado”, declarou.

Para as entidades ligadas a população LGBTQIA+ no Maranhão, esse é só mais um passo dado em busca pela garantia de direitos, a luta é, sobretudo, contra o preconceito.

“Hoje a principal dificuldade enfrentada pelas travestis no Maranhão, é a inacessibilidade dos locais e instituições públicas. O Brasil é o país que mais mata pessoas trans. A falta de emprego e de oportunidades é uma pauta principal para que nosso nome social não seja respeitado”, disse Pietra de Ofá, diretora de Cultura e União Nacional LGBTQIA+.

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