Polícia indicia bolsonarista, mas descarta motivação política
A Polícia Civil do Paraná indiciou nesta sexta-feira (15) o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, no assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda durante a festa de aniversário da vítima, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ele também vai responder por causar perigo comum, tendo em vista que haviam 10 pessoas no salão de festas no momento da troca de tiros.
No inquérito as testemunhas afirmaram que o autor do homicídio acessou as imagens da festa por um sistema de câmeras e mais tarde foi ao local tocando no veículo música referente a campanha de Bolsonaro, o que gerou o inicio de uma discussão sobre posicionamentos políticos.
Em entrevista coletiva, a delegada Camila Cecconello afirmou que não é possível concluir que houve motivação política, mesmo após os indícios, a polícia acredita que ele teria voltado por conta da escalada da discussão entre ambos.
“É complicado a gente dizer que este homicídio ocorreu porque o autor queria impedir os direitos políticos da vítima, ele tinha a intenção de provocar, e a gente avalia que a escalada de discussão entre os dois fez com que o autor voltasse e praticasse o homicidio. Parece mais uma coisa que se tornou pessoal” afirma Camila destacou Cecconello.
Com o encerramento das investigações sobre o homicídio, a polícia iniciou outro inquértio, que vai apurar as agressões sofridas por Jorge Guaranho no momento em que caiu. Três pessoas foram identificadas e ouvidas. A vítima, neste caso o bolsonarista Jorge Guaranho, já passou por exame de corpo e delito que será analisado pela polícia, que pretende tipificar a conduta de cada um dos investigados. O bolsonarista segue internado em estado grave e está sedado neste momento.
