23 de setembro de 2024

Acusado de “teste do sofá” alega inocência

 Acusado de “teste do sofá” alega inocência
Os casos vieram à tona na madrugada desta quinta-feira, dia 8 (Foto: Reprodução)

Uma avalanche de denúncias de assédio sexual, contra o radialista Samir Ewerton, invadiu as redes sociais, na manhã desta quinta-feira (8), após denúncias das jornalistas Acsa Serafim e Lohana Pausini relatando propostas do conhecido “teste do sofá” em troca de supostas vagas para uma emissora nova no estado, a TV Metropolitana.

As acusações renderam o registro de Boletim de Ocorrência contra o radialista, feito na manhã de hoje na Delegacia Especial da Mulher de São Luís por cinco das vítimas. De acordo com o B.O., de número 687/2018, Samir “começou a assediá-las [as vítimas], deixando claro que teriam direito às vagas somente as candidatas que com ele mantivesse relações sexuais”, e que “começou a enviar uma série de mensagens com conteúdo de assédio, solicitando fotos e convidando-as para encontro”.

ENTENDA O CASO

As acusações contra o radialista Samir Ewerton foram iniciadas através de um post da jornalista e escritora Lohanna Pausini, que, além de relatos publicados em seu blog, compartilhou imagens de conversas de teor sexual e insinuativo da parte do comunicador. Após enviar um e-mail com o currículo em busca da suposta vaga de emprego na emissora, a profissional foi contatada pelo radialista via WhatsApp.

A denúncia abriu espaço para outras tantas: dezenas de profissionais da comunicação relataram assédios sofridos por Samir. Grupo formado na web já conta com 45 mulheres que se solidarizam e compartilham as situações vividas de longa data. Uma profissional de comunicação relatou que foi abordada online por Samir, que afirmou que estava trazendo uma TV para a cidade, e queria uma imagem boa para a emissora. “Um dia eu fui trabalhar no Castelão, e ele propôs que ficasse comigo, que aí ele abriria várias portas pra mim, mas eu disse que se quisesse ficar com alguém, eu não viria trabalhar, então eu tratei ele mal”, relatou a vítima.

Relatos de cerca de 45 mulheres foram compartilhados nas redes. Cinco vítimas já registraram B.O. (Foto: Reprodução)

RADIALISTA NEGA ACUSAÇÕES

Em nota publicada nesta manhã em seu perfil pessoal, Samir negou as acusações e disse que estava sem celular desde a madrugada de domingo, quando seu carro foi inundado na Estrada do Itapiracó, e que o aparelho só foi encontrado pelo mecânico nesta quarta-feira, 7.

Ele disse, ainda, que as providências “estão sendo tomadas com registro de B.O. na Polícia Civil para esclarecer tudo” e que as autoras das denúncias terão que provar que o radialista foi autor dos assédios.

“Eu, Samir Pereiro Ewerton, vem [sic] a público refutar as acusações que estaria assediando colegas de profissão com promessas de emprego e até mandando ‘nudes'”, publicou. “Quem está me acusando terá que provar na Justiça que fui eu quem mandei ou fiz tais assédios”, reforçou.

Samir Ewerton disse que vai procurar a Justiça (Foto: Reprodução)

EMISSORAS EMITEM NOTAS 

Através de nota, a TV Metropolitana informou que não está com vagas abertas para contratação de profissionais, e que não realiza e nem realizará contratações via aplicativos. “Pessoas mal intencionadas têm se utilizado de mídias sociais para oferecer falsas oportunidades de emprego em nossa emissora”, diz a nota, assinada pelo coordenador geral da emissora, Daniel de Jesus.

A Rádio Universidade disse ainda de manhã, através de nota, que a direção “está ciente do conteúdo das acusações contra o funcionário em questão”, que “está procedendo no sentido de manifestar sobre o assunto, já que envolve questões burocráticas, portanto necessárias para o funcionamento normal da emissora”, que “no mais rápido espaço de tempo possível, vai emitir o posicionamento adequado em relação ao caso” e, por fim, “definitiva e irrevogavelmente não compactua com qualquer comportamento profissional inadequado, sobretudo dentro dos quadros da emissora”. (Com informações de O Imparcial)

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