29 de setembro de 2024

Ricardo Murad é alvo de operação que apura desvios de recursos públicos

 Ricardo Murad é alvo de operação que apura desvios de recursos públicos

A PF apura o desvio de cerca de R$ 2 milhões do sistema estadual de Saúde, entre 2011 e 2013. (Foro: Reprodução)

A PF apura o desvio de cerca de R$ 2 milhões do sistema estadual de Saúde, entre 2011 e 2013. (Foro: Reprodução)

Na manhã desta quinta-feira (18), agentes da Polícia Federal (PF) foram até a casa do ex-secretário de Saúde do Maranhão Ricardo Murad para cumprir um mandado de prisão, mas não o encontraram. Enquanto a operação ocorria na residência, o ex-secretário se apresentou na sede da Superintendência da Polícia Federal, onde foi cumprido o mandato de prisão temporária. Ele prestou depoimento e será encaminhado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas para cumprimento da prisão temporária por cinco dias.

Murad foi secretário estadual entre 2012 e 2014, durante o quarto mandato da ex-governadora Roseana Sarney, cunhada dele. A ação, trata-se da sexta fase da Operação Sermão dos Peixes, chamada de Peixe de Tobias. Entre os anos de 2011 a 2013, A PF apurou indícios de que, aproximadamente, R$ 2 milhões destinados ao sistema de saúde estadual foram desviados para uma empresa sediada na cidade de Imperatriz (MA). A polícia verificou ainda pagamentos mensais a blogueiros.

O advogado de Ricardo Murad, Marcos Lobo, relatou que ainda não teve acesso à decisão judicial e que não pode responder sobre o caso. prisão de Murad já havia sido pedida em 2015, mas foi negada pelo juiz federal Roberto Carvalho Veloso.

Vazamento de informações

Após suspeita de vazamento de informações da primeira fase da Sermão aos Peixes, a Polícia Federal decidiu deflagrar ma nova operação para apurar o vazamento, chamada de Abscondito II. Ela foi iniciada em 2016. A PF avançou na investigação sobre o vazamento e reuniu prova de que os membros da organização criminosa conseguiram cooptar servidores públicos para a obtenção de informações privilegiadas. Depois, destruíram e ocultaram provas.

Além disso, violando medidas cautelares impostas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, um dos investigados teria dilapidado seu patrimônio e transferido seus bens para terceiros para impedir que fosse decretada a perda de tais bens.

Ao todo, considerando as duas operações, foram expedidos 19 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e um mandado de prisão preventiva.

As pessoas investigadas poderão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros que possam ainda ser apurados. Após os procedimentos legais, os presos serão encaminhados ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

Esta fase da Operação cumpriu 11 mandatos de busca e apreensão, 9 de prisão temporárias em seis cidades: São Luís ( 2 mandatos de busca e apreensão e 1 prisão temporária) e Imperatriz (6 mandatos de busca e apreensão e 5 prisões temporárias), no Maranhão, Parauapebas, no Pará, Palmas, no Tocantins, Brasília, no Distrito Federal e Goiânia, em Goiás.

Foi determinado o bloqueio judicial e sequestro de bens num valor total que supera R$ 15 milhões.

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