20 de setembro de 2024

Setembro Verde: alerta para o câncer de intestino ou colorretal

 Setembro Verde: alerta para o câncer de intestino ou colorretal

Além da campanha setembro amarelo, que chama a atenção para a necessidade de falar sobre o suicídio, este também é o mês de alerta para o câncer de intestino ou colorretal. Por isso, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) realiza neste mês a campanha Setembro Verde, que é uma forma de conscientizar e orientar sobre a importância da prevenção à doença. 

Obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool e dieta rica em carne vermelha e processada são os principais fatores modificáveis que contribuem para o câncer colorretal.

De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2016/2017, a doença atinge 34.280 pessoas. O número de mortes é alto, 15.415, ou seja, 44% dos atingidos.

“O câncer de intestino é um dos poucos que podem ser prevenidos. A maioria dos tumores deriva de uma lesão benigna, chamada pólipo ou adenoma. Basta diagnosticarmos antecipadamente esses pólipos intestinais e retirá-los, quebrando-se o ciclo vital da doença em cerca de 75% das vezes. É simples. Mas muitos desconhecem a importância de visitar um coloproctologista a partir dos 50 anos”, enfatiza a presidente da SBCP, Dra. Maria Cristina Sartor.

Entre os fatores não modificáveis para a doença estão idade acima de 50 anos e histórico de pólipos e câncer colorretal (pessoal ou familiar), diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn). Geralmente o câncer do intestino origina-se de um pólipo, mas essa pequena verruga na mucosa do intestino leva, em média, 10 a 15 anos para se tornar maligna.

No Portal da Coloproctologia (www.portaldacoloproctologia.com.br) e na página da SBCP no Facebook (www.facebook.com/portalcoloprocto) podem ser encontradas dicas de prevenção e cuidados com a doença.

Detecção

É preciso avaliar o risco pessoal para definir como e com qual frequência será necessário realizar os exames de detecção precoce. Entre eles estão a colonoscopia (introdução de um tubo flexível acoplado a uma câmera para visibilizar o intestino por dentro), a retossigmoidoscopia flexível (exame endoscópico realizado com um tubo flexível para visibilizar os dois últimos segmentos do intestino grosso), o sangue oculto nas fezes e o toque retal, para os tumores próximos ao ânus. Cada um tem sua eficácia calculada e devem ser adequados a cada caso, conforme orientação do médico.

Sinais e sintomas

No início o câncer colorretal não provoca sintomas. Esses aparecem, na maioria das vezes, em estágio mais avançado da doença e consistem em diarreia e constipação repentinas e persistentes, fezes com sangue ou muito fétidas e escuras, dor abdominal, anemia, fraqueza, perda de peso etc.

A recomendação da United States Preventive Services Task Force é que a colonoscopia seja realizada a partir dos 50 anos, tanto para homens quanto para mulheres. “Quando há histórico familiar, a recomendação pode ser a partir dos 40 anos de idade ou até menos”, afirma a presidente da SBCP.

Prevenção e tratamento

A boa notícia é que bons hábitos de saúde ajudam a prevenir o câncer de intestino. A recomendação é ingerir diariamente fibras (25 a 30g), frutas e verduras (2,5 xícaras) e peixes de duas a três vezes por semana. Além disso, deve-se evitar a ingestão exagerada de álcool e o consumo exagerado de alimentos gordurosos, carne vermelha e embutidos. Praticar atividade física regular e não fumar também são recomendados.

Outros alimentos, como curry, gengibre, pimenta negra, ginseng, açafrão, berberina, cogumelos, vinho tinto, soja e alimentos probióticos (que contenham microrganismos vivos), vêm sendo apontados como benéficos para o intestino.

Na maioria das vezes o tratamento do câncer colorretal é realizado por meio de cirurgia. Dependendo do grau de desenvolvimento do tumor, podem ser necessárias quimioterapia, radioterapia e a colocação de um estoma, que consiste na exteriorização de um segmento do intestino, fixado à parede do abdome, para a saída de fezes, que serão coletadas em uma bolsa plástica acoplada ao local.

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