30 de setembro de 2024

Tem início a era Bolsonaro no Brasil

 Tem início a era Bolsonaro no Brasil

Bolsonaro beijou a primeira-dama, Michele Bolsonaro, logo após receber a faixa presidencial em solenidade (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

Bolsonaro beijou a primeira-dama, Michele, logo após receber a faixa (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu vice, general Hamilton Mourão, assinaram ontem em sessão extraordinária realizada no Congresso Nacional, em Brasília, o termo de posse para o mandato de 2019 a 2022.

O socialista iniciou discurso pregando união no país. “Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e a nossa tradição judaico-cristã”, disse, durante leitura de discurso de posse.

Bolsonaro também aproveitou para agradecer novamente à equipe médica que o atendeu após o atentado, em Juiz de Fora (MG). “Primeiro, quero agradecer por estar vivo. Com humildade volto a essa casa, onde por 28 anos servi à Nação Brasileira. Volto a essa casa, não como deputado, mas como presidente da Republica Federativa do Brasil”, disse.

Na ocasião, Bolsonaro retomou lemas fortes de sua campanha e defendeu que o país “volte a ser livre das amarras ideológicas”, criticou o que chamou de “irresponsabilidade econômica” e prometeu combater a ideologia de gênero.
“Temos, diante de nós, uma oportunidade única de construir nosso País e resgatar a esperança dos nossos compatriotas. Enfrentaremos desafios, mas se soubermos ouvir a voz do povo, teremos êxito”, disse.

Participaram da cerimônia de posse, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli e o presidente do Senado Federal.

Vaias
Manifestantes que acompanharam a posse de Bolsonaro do lado de fora do Congresso receberam com vaias à
apresentação dos componentes da mesa da cerimônia Rodrigo Maia; Eunício Oliveira (MDB-CE); e Dias Toffoli, do STF. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi, entretanto, aplaudida.

Ainda do lado de fora, apoiadores do presidente disputaram os melhores ângulos para registrar, por celular, chegada do novo presidente ao Congresso. A segurança está reforçada. Atiradores de elite foram colocados sobre o Palácio do Itamaraty e em outros órgãos públicos de Brasília, no forte esquema de segurança, qualificado como o maior da história do país.

Imprensa
As restrições impostas pelo Itamaraty ao trabalho da imprensa na cobertura da posse do presidente Jair Bolsonaro levaram quatro jornalistas estrangeiros a deixar o Ministério das Relações Exteriores como forma de protesto.

Ao contrário do que houve em posses anteriores, quando a imprensa tinha liberdade para circular pelo ministério e entre os poderes, dessa vez os profissionais de imprensa foram confinados em uma sala de imprensa sem janelas instalada na sala San Tiago Dantas.

A decisão causou protestos dos repórteres. Alguns falaram em “cárcere privado” quando a imprensa chegou ao local e foi informada pela secretária de imprensa do Itamaraty, Ana Paula Kobe, de que ninguém poderia deixar o local até 17h30, quando ocorrerá um coquetel para as autoridades. No evento, os jornalistas novamente carão em um espaço sem acesso aos convidados.

A jornalista Fanny Marie Lotaire, da rede France 24, foi a primeira a pedir para sair junto com sua equipe. Em seguida o jornalista argentino Ricardo Longuércio, da agência chinesa de notícias Xinguan, reforçou o pedido, o que levou o ministério a providenciar um ônibus para retirar os insatisfeitos e levá-los de volta ao Centro Cultural Banco do Brasil.

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